3º Encontro: “Nos momentos de dificuldade, retorne ao seu chamado”

21/09/2022 às 16:44

Padre Reginaldo falou com Mensageiros Líderes sobre os desafios diários na missão de levar Jesus e Sua Palavra por todo o mundo 

Mais um Encontro, muitas emoções. Padre Reginaldo e centenas de Mensageiros Líderes estiveram reunidos na terça-feira (20), durante a VII Festa de Jesus das Santas Chagas, para falar mais sobre a devoção abraçada por todos. Pela primeira vez em formato híbrido, o momento contou com plateia presencial e on-line. O Sacerdote iniciou com o Evangelho de 1Pedro 1,2: “Vocês foram escolhidos de acordo com o propósito de Deus, o Pai. E, pelo Espírito de Deus, foram feitos um povo dedicado a Ele, para obedecer a Jesus Cristo e ficarem purificados pelo seu sangue. Que vocês tenham mais e mais a graça e a paz de Deus”. E seguiu com a leitura dos versículos seguintes, para reforçar que essas bênçãos não podem ser destruídas, que as provações podem nos deixar tristes, mas que elas existem para revelar a fé de cada um.  

“O texto que foi escolhido hoje para falar com vocês serve para não esquecermos que estamos na 7ª Festa, e que no 10º ano da Obra, Deus nos deu a missão de propagar a devoção. Foi crescente, começou com os primeiros apelos. Deus tem seu tempo de maturidade: o templo de plantar, se germinar, de crescer”, explica o Sacerdote.  

Do ponto de viste dele, nós, agora, saímos da terra e estamos crescendo, fazendo com que essa devoção se espalhe para todo o mundo. “Mas tenho insistido na importância de reforçar que essa devoção nasceu da Igreja, para a Igreja”, completa. Por isso, a Obra tem aberto espaço para Padres celebrarem conosco, são Sacerdotes que estão empolgados com a devoção. “Mas, percebam, todos os movimentos da Igreja enfrentam resistência no começo. É normal para qualquer início. Lembrem-se de que vale o princípio de Gamaliel ‘tudo o que é de Deus, persevera’. Vivemos muito tempo com a semente debaixo da terra e, agora, ela começa a germinar. Você não imagina o quanto é importante, Mensageiro Líder, para isso”.  

Ouro: símbolo de pureza e lembrança da nossa missão 

Padre Manzotti lembra que Pedro não era ourives, mas tinha o conhecimento de que o ouro passa por provações para se purificar. “Nada na vida é por acaso, tudo tem um propósito de Deus. Se nós estamos insistindo, nos reestruturando, trazendo equipe para cuidar das Capelas, dos grupos e dos nossos associados, é por termos uma missão: falar da pessoa de Jesus Cristo, nas Suas Santas Chagas. E ela está em acordo com a Igreja. Essas provações servem para mostrar que a fé que temos é verdadeira”, explica. 

Foto: Felipe Gusso

Falando em ouro, Padre Reginaldo aponta as fitas que identificam os Mensageiros Líderes de Jesus das Santas Chagas. “É lindo vê-los com as fitas, que é feita no mesmo tom dourado do cinto de Jesus das Santas Chagas para lembrar da nossa missão, nossa única pertença a Deus, de que estamos à serviço d’Ele, de que aceitamos as provações por termos fé. Não é isso que te faz levar a Capelinha, que te faz aguentar os momentos difíceis?”, questiona ele, que ainda explica sobre o processo de confecção manual e único das fitas.   

Recordação eterna: “volte ao seu primeiro amor” 

“São Pedro diz no começo: ‘você foi escolhido por um propósito’ e eu pergunto: “Qual é a tua história com Jesus das Santas Chagas?”. Assim, o Sacerdote inicia a grande reflexão deste 3º Encontro. “Quando estamos em uma caminhada, com o namoro ou o casamento, isso acontece muito. As coisas não vão bem e nos questionamos o motivo de termos começado. Na Igreja, acontece muito quando se encontra dificuldade em pastorais e outros movimentos”, compara.  

Ele reflete sobre todas as vezes que a gente para e se pergunta “Por que eu tô nessa?”. Lembra e explica que, quando os homens de tornam Sacerdotes, a pergunta não é o motivo pelo qual decidiram assumir essa vocação tão importante para a Igreja. “A pergunta é se Deus nos escolheu para isso, se temos sinais vocacionais”, completa.  

Assim como o casamento e o sacerdócio envolvem uma escolha de dois lados, ser Mensageiro Líder também. “Você acha que não foi Deus que te escolheu para ser Líder? Nunca se esqueça de como Ele te chamou para isso. Pode ser por um milagre que viu, por um testemunho que escutou, um convite feito por mim ou por outra pessoa. Jesus Cristo chamou Pedro, André, Zaqueu… Ele não esperava ser convidado, Ele convidada as pessoas a seguirem junto d’Ele. Ele era rápido para pescar”. 

A dica que Padre Reginaldo dá nesse caso é: “Guarde esse chamado. Escreva em um lugar especial para você se lembrar sempre. É aquilo que João fala na Bíblia ‘quando estiver em crise, volte ao teu primeiro amor’”. 

Mensageiros e suas histórias de amor com Jesus das Santas Chagas 

 

Foto: Felipe Gusso. Legenda (da esquerda para a direita): Silvana, Padre Reginaldo, Maria, Maria Luiza e Rita

Silvana, Mensageira Líder em Divinópolis (MG), contou que conheceu a Capela por outra Mensageira da região, que contou a história de como abraçou a devoção. “Vim para Curitiba, conversei com a equipe da Obra e disse que tinha vontade de ser Mensageira Líder. Voltei para casa maravilhada. Acredito que Deus me chamou, pois senti uma alegria grande”. 

Já Maria, Mensageira Líder em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), contou o testemunho já conhecido pelo Padre Reginaldo e pelos ouvintes do Experiência de Deus. Ela ligou para dar o testemunho do filho de 26 anos, que foi assassinado pelo envolvimento com drogas. “Enquanto dava o curso de padrinhos na paróquia, ele foi me pedir R$ 5 para comprar drogas. Era festa de aniversário da minha neta, ele foi até minha casa, me deu um beijo na testa, fiz carinho na barriga dele e, naquela noite, ele foi morto com sete tiros. Foi o terceiro filho que perdi na vida, meu marido é alcoólatra e descobriu um tumor do tamanho de uma laranja na cabeça. Graças a Jesus das Santas Chagas, em 15 dias ele ficou bom. Não tinha dinheiro para a Capela, nem o meu grupo, mas o senhor me deu uma para começar. Sou associada desde a primeira viagem da Obra para Valinhos e, depois de Deus, é da Obra que tiro as forças para lutar”.  

Maria Luiza, também de Divinópolis (MG), é Mensageira Líder de três Capelas, herdadas do esposo que faleceu recentemente. “Ele era Mensageiro Líder, levava Jesus das Santas Chagas e associou quase 300 pessoas na cidade. Das 10h às 11h, ele não atendia ninguém, pois atuava como intercessor durante o Experiência de Deus, e juntos palestrávamos para casais.na paróquia. Ele foi o primeiro amor da minha vida, vivemos 47 anos juntos na fé e no amor, e agora assumi essa missão por ele.” 

Rita, de Ipatinga (MG), contou que sua história de Jesus das Santas Chagas começa com o chamado de Deus, por meio do Padre. “Quando começou a devoção e não existia a Capela ainda, reuni com duas freiras e íamos rezar o terço nas casas todas às terças-feiras. Já tive até seu sobrenome, me chamavam de Rita Manzotti. Levei tantas Capelas para a cidade que até perdi as contas. Só hoje, aqui, tenho cinco pessoas para serem Líderes comigo lá. Recebo pedidos de orações até da Austrália e, durante a pandemia, nos unimos ao Padre da paróquia para rezar on-line”.  

Foto: Felipe Gusso. Legenda (da esquerda para a direita): Padre Reginaldo, Maria do Socorro, Maria Cristina e Gisele

Maria do Socorro, também vem de Pernambuco, da cidade de Caruaru, e conta que há seis anos lidera o movimento por lá, hoje com 16 Capelas, e que espera mais uma. “Passei muita dificuldade, muitas madrugadas em oração pedindo a ajuda de Jesus. Graças a Ele, o Padre Jeferson, da paróquia São Paulo Apóstolo, acolheu a devoção. Vamos celebrar esses seis anos da devoção, na paróquia, com a presença do Bispo Dom José Ruy. Saber disso, durante o encontro do grupo, me deixou muito emocionada. Vai ser um movimento da Diocese. Ele me ouviu e me ajudou. Conversei com os Padres e as camisetas da Festa terão o nome das paróquias”. Padre Reginaldo ressaltou que esse exemplo da Maria é muito importante, pois conquista pelo amor e respeito. 

Maria Cristina, de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, conta que em 2019 teve câncer de mama e se sentiu acolhida na Obra, por Jesus das Santas Chagas. “Vim, coloquei a mão n’Ele e pedi ‘Jesus, me cure. Não quero morrer. Tenho família e amigos’. Fiz quimioterapia, 42 radioterapias, vim em todas as Missas e terços que pude.  Senti o chamado em mim, fui curada, e quero que isso aconteça na minha comunidade. Por isso, me tornei Mensageira Líder”, disse enquanto entregou ao Padre um terço com uma fitinha de Jesus das Santas Chagas amarrada para cada sessão de quimioterapia feita na luta contra o câncer.  

Gisele de Fonseca, de Nova Friburgo (RJ), contou que tudo começou quando acordou com um policial prendendo um jovem, envolvido no tráfico, nos fundos de casa. “Deus colocou no meu coração enquanto escutava o Experiência de Deus, e isso que aconteceu foi a confirmação. Ele me disse ‘assim como entrei na sua vida, Me leve para as pessoas do seu bairro’. Fui à comunidade, conversei com o Padre Jocimar, da paróquia, e eles me acolheram. Já pedi a segunda Capela e tenho a meta de levar pelo menos uma para cada bairro de Nova Friburgo”, conta.  

Mais histórias especiais

Josiane, que vive na Holanda, recebeu a Capela da prima de Fortaleza (CE), e foi convidada a contar sua história pelo telão do evento. “Foi um grande presente que recebi em agosto de 2019. Estava no aeroporto quando ela chegou com o presente. Não sabia como fazer, mas ela sempre me ajudou. Em 2020, com a pandemia, nos reunimos uma vez por mês para rezar. Somos 16 brasileiras e duas portuguesas. A devoção é meu grande ‘sim’. Esses momentos que passamos juntas servem também para dividir as dores, nossas orações, e é bom para todas. Que Ele ajude todas nós a nos mantermos firmes na fé”.  

Lá de Recife (PE), Ana Claudia Pires, que há quatro anos é Mensageira Líder e hoje coordena duas Capelas, conta sobre sua história com a devoção. “Antes de conhecer a Obra, fui assaltada e perdi tudo no comércio que tinha. Fiquei sem chão. Minha irmã, que também é Mensageira, me falou para acompanhar o programa. Na dor, escutava para me confortar. Me associei, fui voluntária no Evangelizar Recife e, desde então, participo de tudo. Depois, minha mãe fez uma cirurgia muito grande para tirar um tumor. Willian, que também é Mensageiro e está presencialmente no Encontro, levou a Capela em minha casa para agradecer por tudo ter corrido bem. Nesse mesmo momento, descobrimos que minha sobrinha estava com uma leucemia muito agressiva. Fui até Curitiba e fiz o propósito de ser Mensageira, me envolvo em ações sociais para ajudar outras pessoas com a devoção e, na sexta, vamos chegar aí no Santuário com um grupo”.  

Josi Nogueira, de Fortaleza (CE), foi ao Encontro com o grupo da cidade. Todas com a camiseta do Evangelizar Fortaleza, que está marcado para outubro. “Meu primeiro contato foi pelo Padre. Consegui receber a primeira por meio de uma das Caravanas que foi para lá. Durante a pandemia, deixamos no salão de festas e rezava cada um de sua casa. Agora, temos também a iniciativa de levá-la na casa de pessoas que perderam entes queridos ou passam por situações difíceis de saúde. É um jeito de ajudar e fortalecer a fé deles. Rezamos todos os dias na minha casa, abro para as pessoas irem com a Capelinha e fazer a diferença nas vidas de muitas pessoas, como uma senhora com Alzheimer e a filha que cuida dela, que saem de lá com a fé e a esperança renovadas”.  

Dalvanice Cabral, de Luz (MG), é Mensageira Líder e trouxe ao Encontro o esposo, que se motivou com tantos testemunhos e quer ajudar também. “Sempre que o Padre falava no programa, aquilo me tocava. Na paróquia da minha comunidade tem Missa uma vez por mês, e falei com eles. Todos muito carentes, dei um jeito e prometo trazer o dinheiro para a Capela. Consegui fazer o grupo e estou aqui para agradecer as graças recebidas pela devoção. Com tantas provações do dia a dia, sempre com os joelhos dobrados pedindo a conversão e a recuperação da família, tenho um filho que foi desgarrado e voltou para a casa do Pai. Vim no evento passado e o Padre disse ‘Hoje você veio pedir, no próximo você virá agradecer’, e eu estou aqui para isso, graças a Deus”.  

Cleonice, de Itaperuçu (PR), conta que recebeu o chamado por meio de uma amiga, a Edi, Mensageira Líder desde 2017 e primeira da cidade. “Ela rezava o terço todos os dias com a Obra, e me apresentou. Senti o chamado e já estou com duas Capelas só no meu bairro, mas temos várias pela cidade”, conta. Edi reforça que conheceu a Capela pela Rádio Evangelizar e formou o primeiro grupo. “Formei o segundo quando tive uma suspeita de câncer. Hoje, só de Mensageiras Líderes temos nove”.  

Fechamento com fé e futuro 

Padre Reginaldo explica que o Encontro é exclusivo para os Líderes por uma questão de custos. E que, para 2023, pretende fazer mais momentos presenciais. Assim como no primeiro e no segundo Encontros, o momento contou com sorteio de presentes da Produtos Que Evangelizam, de livros ‘O Poder da Cura’, e com a união de todos para rezar o Terço de Jesus das Santas Chagas na intenção de fortalecer a todos e suas famílias na fé e na saúde. Para finalizar, tirou fotos com todos os presentes, que podem ser baixadas aqui de graça.